* Este foi o primeiro texto apresentado pela Ulizinha, na nova disciplina da Pós, Oficina de Leitura e Produção Textual. Eu roubei porque achei válido. Tem a ver com meu último post. Que sirva de exemplo, para mim e para outros...
Relacionar-se com pessoas deve ser uma das tarefas mais difíceis do ser humano, pelo simples fato de que uma pessoa é diferente da outra. Cada ser pensa diferente dos outros, age, tem sensações e prioridades diferentes. Cada pessoa é única. E, por isso, umas julgam as outras. E, por esses motivos, eu julguei e, na maioria das vezes, erroneamente.
Eu passava por alguém na rua e definia como essa pessoa era, pelo jeito de andar e vestir. Mesmo sendo os únicos artifícios que tinha, classificava-a como boa ou má. Se tivesse a chance de ouvir o que tinha a dizer sobre algum assunto, aí essa pessoa estava complicada em meu conceito. Eu iria caracterizá-la como inteligente ou não, como uma pessoa de caráter ou não, como bonita ou não … Geralmente, uma avaliação bem exigente. Isso, também, definia quem poderia ser meu amigo, uma seleção criteriosa com julgando prévio.
Tudo isso foi um grande erro. Primeiramente, porque não tenho esse direito. Não posso dizer se uma pessoa é boa ou má só porque eu “acho”. É preciso ter a perfeição para dizer se o outro é ou não perfeito, se tem ou não defeitos. E perfeito só há Deus. Segundo, porque eu errei tantas vezes, fui amiga de quem não merecia e exclui pessoas que, hoje, percebo que são fantásticas. Errei agindo assim.
Porém, estou melhorando, agindo com mais cautela e me atrevendo a conhecer melhor as pessoas. Estou dando-me esse direito. Quando percebo que estou palpitando sobre o que eu acho de fulano ou de ciclano, eu paro, respiro e não comento mais nada. Estou treinando o autocontrole e tenho errado menos.
Acredito ter dado um grande passo, pelo menos eu tenho consciência do problema. Estou
conquistando pessoas que conhecia há um tempo, mas que não permitia aproximação. Dessas novas amizades eu encontrei pessoas maravilhosas, de quem não esperava afinidade, histórias em comum, companheirismo, confidências e até uma grande paixão. Posso dizer, com toda certeza, que evolui.
Julgar não é sinônimo de amadurecimento. Amadurecer é abrir-se para as possibilidades: conhecer pessoas, construir amizades e relacionamentos. Eu aprendi e aprendo todos os dias, estou preparada para o novo que pode surgir a qualquer momento. E, nesse momento, já não lembro para quem foi o último julgamento.
2 comentários:
Ai que chique que eu tô, com postagens "roubadas" hehehehe!
Então ... tudo isso que a gente está sentindo e percebendo fazem parte do amadurecimento. E vamos combinar, relacionamentos entre pessoas é complicado demais. Se muitas vezes a gente mesmo não se entende quem dirá entender ao outro.
Mas, creio eu, perceber e sentir isso, já é um grande passo. Pior é quem nunca percebe e continua errando e acreditando estar certo.
Ahhhh, depois dessa autoanalise ... tenho que dizer que tô ansiosa pra formatura uhuuuu
Valeu o convite!
Beijãoooo
Ih, Uli... fui ver teu comment só agora... mas eu concordo contigo...
por isso na próxima vida quero vir urso... bem mais legal
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